A maldição do 'pega-rapaz'
Estava vendo uns álbuns antigos, que tenho aqui em casa e estava reparando numa coisa. No quanto mulher é burra. Fiquei olhando pras fotos e começando a entender a relação do passado com o presente. O que acontecia é que uma imagem valia mais que mil palavras.
Reparei que havia uma característica interessante em todas elas. O tal do pega-rapaz. Aquela coisa boba, do lado das orelhas que me levava a pensar que diabos tinham feito com a dignidade daqueles pobres que se sujeitavam a tentativa tão pouco sustentável.
Dentre todas as minhas análises reparei que aquela coisa horrorosa se alastrara e teria virado maldição. As mesmas pessoas que usavam aquela coisa, tinham uma mania terrível de ser boazinha demais, submissas demais. Pacientes demais. Apaixonadas demais. Sonhadoras demais. Os piores defeitos que uma mulher poderia ter. Sofri por elas. Era triste ver tantas pessoas sofrendo com aquela maldição. Reparei também que elas tinham hábitos esquisitos como por exemplo apaixonar-se por pessoas que nem conheciam direito. Coisa de primeiro amor. Era triste...
Quando me dei conta do horror que aquilo era me levantei do banco de espera e dei o brado de liberdade. –Hey vocês não acham que isso de pega-rapaz é muito vintange não?
Elas nem me deram moral. Notei que a maldição nunca, jamais pegaria em mim, por sorte todas as vezes que minha mamãe fazia aquela coisa em mim eu prendia ou o colocava detrás das orelhas. Só podia ser esse o motivo de eu nunca ter nenhum namoradinho.
Como eu era esperta!
Piterinoslocodosvaldorina (Filha de Narelly Batista)